TJMT capacita 48 novos agentes da Guarda Municipal de Várzea Grande para solução de conflitos
Os 48 novos integrantes da
Guarda Municipal de Várzea Grande atuarão como propagadores da paz social na cidade.
O grupo, recém-aprovado no concurso público municipal, participou do Programa
de Formação em Justiça Restaurativa, realizado por meio de parceria entre o
Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e o Município. A capacitação habilita
os novos agentes da segurança pública a gerenciarem, de forma efetiva, os possíveis
conflitos da rotina de trabalho.
A capacitação ocorreu no dia
31 de janeiro, na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, realizada pela
facilitadora e instrutora do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do TJMT
(NugJur), Claudete .
Com a formação, os agentes
passam a dominar técnicas da Justiça Restaurativa, que envolve o processo da
escuta ativa, abordagem humanizada e resolução de conflitos a partir do
diálogo. Como parceiro, o Tribunal de Justiça, por meio do Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Várzea Grande,
forneceu o conhecimento para capacitação.
“A partir do termo de
cooperação técnica que firmamos com o município de Várzea Grande, fornecemos o
curso de aperfeiçoamento aos trabalhadores da educação, assistentes sociais e
agora finalizamos o curso com a Guarda Municipal de Várzea Grande. O programa
possibilita que o corpo de guardas tenha o conhecimento necessário para aplicar
no seu dia a dia de trabalho e também para suas relações sociais e com a
família”, observou Luis Otávio Pereira Marques, juiz coordenador do Cejusc de
Várzea Grande.
A instrutora Claudete da Silva explica que os alunos ingressaram no curso e passaram por uma formação de 26 horas, com três módulos que envolveram teoria (módulos I e II) e prática (módulo III).
“Foram três dias de curso onde os alunos vivenciaram os Círculos de
Construção de Paz e todas as suas etapas. Puderam tirar dúvidas e principalmente
conheceram onde são aplicados os círculos. Falamos sobre políticas públicas e
da amplitude da aplicação da Justiça Restaurativa nas comunidades onde eles
estão inseridos enquanto guardas municipais”.
Com a formação dos 48
agentes, a Guarda Municipal de Várzea Grande passará a contar com 182
integrantes. Para o Comandante-geral da GMVG, Juliano Lemos, habilitar a guarda
para o uso das técnicas da Justiça Restaurativa é fundamental para a melhor
prestação de serviços à população.
“Se o agente não souber
atender os conflitos adequadamente, a situação pode complicar. A mediação de
conflito é importantíssima, porque a guarda tem que saber atender à sociedade,
acolher e escutar. Todas essas instruções foram recebidas aqui”, avaliou
Juliano Lemos.
Proporcionar uma formação
humanizada aos novos integrantes da guarda é também preservar a identidade
institucional, que serve como um órgão mediador de conflitos.
“A importância desse curso é
enorme porque está relacionada à identidade da Guarda Municipal, de ter o
perfil de uma polícia comunitária, uma Guarda Cidadã, onde se busca o diálogo
como principal ferramenta para resolver conflitos. A nossa atuação é gerenciar
as crises que existem nos relacionamentos sociais, sejam eles conflitos de
acidente de trânsito ou entre vizinhos. A guarda é um facilitador da solução
dessa crise já no local da ocorrência. Quando trabalhamos de forma efetiva
evitamos que questões simples sejam levadas à esfera judicial”, pondera Fraulen
de Miranda, inspetora e coordenadora de ensino e instrução da GMVG.
Justiça
Restaurativa
O curso de Formação em Justiça
Restaurativa para a Guarda Municipal de Várzea Grande foi realizado em três
módulos, com abordagens teóricas e práticas. A formação foi realizada pelo Núcleo
Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), o órgão de gestão da Justiça
Restaurativa no Estado de Mato Grosso.
As técnicas utilizadas pela
Justiça Restaurativa, como os Círculos de Construção de Paz e os Círculos de
Resolução de Conflitos, buscam conscientizar os envolvidos sobre a
responsabilidade de cada um para a formação do conflito. O objetivo é fazer com
que os envolvidos reflitam sobre a sua contribuição para a ocorrência do evento
danoso e propor soluções.
Entre as atribuições do NugJur
está a capacitação de facilitadores, que são os responsáveis pela realização
dos círculos. Participam dos cursos magistrados, servidores, advogados,
psicólogos, assistentes sociais, professores, acadêmicos, voluntários, ou seja,
pessoas que acreditam em processos colaborativos para a solução de conflitos.
Priscilla Silva / Foto: Josi Dias
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br














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