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Poder Judiciário de Mato Grosso
Notícias
16.08.2019 14:16
Recuperandos da Agrovila das Palmeiras recebem Círculo de Paz![](https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/downloads/Imprensa/NoticiaImprensa/image/12%20-%20Circulo%20de%20Paz%20Col%C3%B4nia%20Penal%20geral.jpg)
Ana Tereza é uma das facilitadoras, ela reforçou a necessidade e resultados do trabalho. “A área criminal é a que mais gosto. São seres humanos que cometeram erros e estão recolhidos em busca de esperança para um futuro melhor. Aqui eles têm oportunidade de serem ouvidos e não marginalizados. Com uma continuidade neste trabalho a sociedade ganhará pessoas que retornarão ao convívio de forma consciente. Sabendo o que praticaram e o que não se deve fazer”, defendeu a facilitadora.
“Foi uma oportunidade de avaliarmos nosso pensamento. Como queremos reintegrar, isso será muito bom e produtivo, tenho certeza”, disse José (nome fictício). “Eles começaram bastante acanhados, achando que a Justiça estava lá para massacra-los. Depois perceberam o trabalho de acolhimento. Eles não se conheciam e após a vivência, abriram um novo olhar para a liberdade. O Círculo ajudou a fazer uma reflexão antes, durante e a expectativa para depois do período de prisão. O que tiveram de perda, família, amigos. Perguntamos daqui a cinco anos como você se vê...e todos fizeram projetos para a retomada da vida. Um disse que por algumas horas sentiu o gosto da liberdade“, revelou a facilitadora, Sandra Félix.
“Já tinha ouvido falar do Círculo de Paz. Na cadeia o preso de certa maneira esfria a convivência, a empatia. A prisão forja negativamente o ser humano. Uma oportunidade onde a pessoa expõe seus sentimentos, dificuldades e anseios, só faz bem. Isso facilita muito a humanização e consequentemente o retorno ao convívio social. Qualquer ajuda que vier em busca de sensibilidade, amor ao próximo e respeito é bem-vinda. Queremos mudar essa realidade e precisamos de ajuda. O Poder Judiciário deixou de ser tão fechado e isso está sendo muito bom. Queremos aproveitar esta oportunidade e estender aos nossos agentes prisionais. Eles também querem vivenciar esta experiência, como disse o ambiente prisional muda a pessoa e esta é uma oportunidade de resgate para todos nós”, disse o diretor da unidade prisional, Pedro Marques.
“Conhecemos melhor o Círculo de Paz hoje e pudemos ver o quanto ele é importante. Ameniza aquela característica do sistema prisional e humaniza. Precisamos devolver à sociedade pessoas realmente aptas a este convívio e este trabalho se demonstra muito importante”, concluiu o Superintendente Regional Leste Anderson Santana.
Ainda participaram do trabalho em Palmeiras os facilitadores Wellington Corrêa, Claudete Pinheiro, Alessandra Calestini, Elvis Dourado, Dione Viana, Ubiraci Félix e Roseli Saldanha. O Círculo de Paz é desenvolvido pelo Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (Nugjur), presidido pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, cujo coordenador é o juiz Túlio Duailibi Alves de Souza e a coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), juíza Cristiane Padim.
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Ranniery Queiroz
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