Enquete
Fechar
Enquetes anteriores

Poder Judiciário de Mato Grosso

 
Notícias

10.04.2019 14:57

Círculo de paz chega à escola estadual de Tangará da Serra
Compartilhe
Tamanho do texto:
 A comunidade do município de Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá) tem vivenciado a importância das práticas restaurativas aplicadas pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. São ferramentas que, além de prevenir conflitos, buscam a pacificação social no ambiente em que são empregadas. Desta vez, os Círculos de Construção de Paz estão sendo realizados na Escola Estadual Ramon Sanches Marques, por meio de projeto piloto do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) local, em parceria com o Núcleo Gestor de Justiça Restaurativa (Nugjur) do Tribunal de Justiça (TJMT).
 
Ao todo, 23 voluntários foram capacitados como facilitadores pela equipe do Nugjur para trabalhar com cerca de 300 pessoas envolvidas, entre professores, alunos e coordenadores da escola. Agora inicia-se a fase de supervisão daqueles que participaram do curso. Inicialmente houve o círculo de apresentação com a direção, coordenação e professores da instituição de ensino. Este foi o primeiro contato, mas já há grande participação no processo, pois houve interesse, mostrando a efetividade do trabalho.
 
O primeiro encontro ocorreu na terça-feira (9 de abril) com os alunos do 9º ano do ensino fundamental e 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. Os trabalhos serão desenvolvidos de forma gradativa até atingir toda a escola. Os facilitadores trabalharão, através de quatro encontros com círculos sobre os mais variados temas sugeridos pelos próprios alunos. Posteriormente será estendido a outras unidades educacionais, conforme a demanda.
 
De acordo com a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues, responsável pelo Cejusc e pela Vara da Infância e Juventude de Tangará da Serra, o resultado foi fantástico principalmente no que diz respeito à construção de relacionamento da turma de alunos. “Quando terminou a primeira etapa do Círculo de Construção de Paz eles se viam de outra maneira, tiveram a oportunidade de se conhecer melhor, viram que todos têm problemas. Isso proporciona relacionamentos mais saudáveis no ambiente escolar, melhora a convivência desses alunos, trabalhando a justiça restaurativa numa perspectiva e resolução de problemas”, afirmou.
 
Para a juíza a importância dos círculos de construção de paz nas escolas é promover maior prevenção e construir ambientes saudáveis. A magistrada ressaltou ainda o empenho do grupo de voluntários que se formou com o objetivo de pacificação social, justamente pelos resultados que estão sendo obtidos. “Eles sentiram nessa ferramenta a força para se ter um resultado positivo de solidariedade e de olhar para o próximo”, acrescentou.
 
O gestor do Cejusc José Nivaldo de Lima também destacou a parte preventiva que se obtém com a prática dos círculos de paz. “Todos os participantes têm voz e vez através desse projeto, eles são valorizados e com isso se afastem de caminhos que possam levar à delinquência, por exemplo. O Poder Judiciário está fazendo um trabalho de humanização, saindo dos gabinetes e trabalhando para a solução de conflitos de maneira produtiva e evitar a causa dos grandes problemas sociais”, disse.
 
Servidor do Judiciário há duas décadas, Nivaldo falou da importância da adoção das práticas restaurativas e os resultados que surgem com elas. “Depois que realizamos o círculo na escola saí explodindo de alegria. Essa prática nos dá o olhar para entender que por trás daquele que errou existe uma história. Nosso trabalho é a troca de experiências, ouvir e compartilhar histórias. Aprendemos muito com os alunos. O círculo de paz é igualitário, um trabalho de humanização e de igualdade. Sou servidor há 20 anos e ver que a Justiça está chegando à população, por meio do trabalho do Nugjur é muito gratificante”, ressalta.
 
O Cejusc já realizou a apresentação dos Círculos de Paz em alguns locais da cidade, como nas cadeias públicas (feminina e masculina), escolas, Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
 
Os círculos tiveram o apoio das orientadoras do Nugjur do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ana Teresa Pereira Luz e Roseli Barreto Coelho Saldanha, que também foram as responsáveis pela capacitação dos facilitadores em Tangará da Serra.
 
Círculos de Paz promovem mudanças em reeducandas de Tangará da Serra
 
Dani Cunha
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
(65) 3617-3393/3394/3409