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31.08.2018 09:49

Justiça Restaurativa é implantada em Primavera
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O Núcleo Gestor de Justiça Restaurativa (NugJur) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) desenvolveu importantes ações na Comarca de Primavera do Leste (321 km ao sul de Cuiabá). Na última sexta-feira (24 de agosto), foram realizados ciclos de palestras gratuitas sobre ‘Círculos de Paz nas escolas’ e ‘Dependência Química e Círculos de Paz’.
 
Além disso, ao longo desta semana (27 a 31 de agosto), foi ministrado o curso de formação de facilitadores de Círculos de Paz. As ações contaram com parceria do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) local.
 
A iniciativa tem o intuito de implantar a Justiça Restaurativa na cidade e dar início aos trabalhos de Círculos de Paz, um método que não se aplica apenas para a solução de conflitos, mas que também é uma ferramenta de aproximação das pessoas, que inicialmente serão realizados em duas escolas de Primavera.
 
“É uma ação muito importante para o início do trabalho de Justiça Restaurativa nas escolas, para tentar prevenir conflitos. Trazer para as pessoas uma visão do conflito não só como punição, mas como administração dos conflitos restaurando os relacionamentos. A palestra foi para divulgar esta ideia e procurar dar publicidade ao trabalho”, explicou a juíza e coordenadora do Cejusc de Primavera, Myrian Pavan.
 
Para a gestora do Cejusc, Marina Soares Vital Borges, as ações realizadas são uma oportunidade de divulgação e para se conhecer mais sobre o tema Justiça Restaurativa. “Tivemos uma participação muito boa, mais de 120 pessoas participaram do pontapé inicial. Vamos começar implantando o método na rede pública de ensino e depois a meta é estender para outras instituições”, pontuou Marina.
 
O juiz coordenador do Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá (Jecrim), Mário Kono de Oliveira, que ministrou as duas palestras no dia 24, destaca que o objetivo foi repassar um pouco do que é a Justiça Restaurativa e a relevância da ferramenta do Círculo de Paz como processo de prevenção e de evitar conflitos através do diálogo. “Jogamos uma semente para eles possam usar a técnica dentro de suas experiências”, disse o juiz.
 
Mário Kono explicou ainda que na segunda palestra, sobre dependência química, falou com juízes, servidores do Fórum, estudantes, professores e representantes da sociedade organizada, sobre três eixos na questão das drogas: prevenção, tratamento e repressão, destacando o papel de cada um (cidadão, escola e da família) na questão da prevenção.
 
De acordo com o defensor público de Primavera do Leste, Nelson Gonçalves de Souza Júnior, que participou do curso de formação de facilitadores de Círculos de Paz, o contato inicial foi enriquecedor. Ele parabenizou o Poder Judiciário pelo trabalho. “Conhecemos a ferramenta e o papel do facilitador, sua responsabilidade em um espaço em que se constrói a sabedoria coletiva com a troca de experiências, proporcionando o autoconhecimento. Esse projeto com certeza será paradigmático para a construção de uma sociedade mais justa e com igualdade”, ressaltou entusiasmado o defensor.
 
A mediadora judiciária do Cejusc de Primavera, Carla Isbrecht, que também fez o curso de facilitadores, destaca que é gratificante conhecer essa modalidade da Justiça Restaurativa. “Ela vai ajudar o Judiciário como um todo. É uma forma de olhar o individuo e não só o conflito em si”.
 
As instrutoras e orientadoras do NugJur, Ana Tereza Pereira Luz e Roseli Barreto, ministraram e fizeram a demonstração da dinâmica dos Círculos de Construção de Paz durante o curso.
 
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Cleci Pavlack
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