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Poder Judiciário de Mato Grosso
Notícias
18.03.2016 10:41
Direito Sistêmico: a busca pela paz e o equilíbrioA iniciativa do Tribunal de Justiça em promover este tipo de capacitação vem sendo alvo de elogio. “O curso tem trazido informação e esclarecimento sobre o direito sistêmico, que é uma forma holística de encarar a solução adequada de conflito, permitindo que as pessoas compreendam e conheçam melhor a causa de seus conflitos, dos seus problemas. Toda ferramenta que venha para permitir maior esclarecimento, maior consciência às pessoas, para que elas possam a partir disso, empodeiradas, decidir melhor sobre a solução do seu conflito, é válida, é bem-vinda”, destaca o juiz Anderson Candiotto, da Comarca de Sorriso (420 km de Cuiabá), que está participando do curso.
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Sorriso, desde setembro de 2015 vem usado a técnica da constelação familiar com grande êxito e com ótimos resultados. “A Comarca de Sorriso foi desafiada pela desembargadora Clarice (presidente do Nupemec) a trabalhar esta questão. A receptividade da técnica tem sido muito boa. Nós temos várias pessoas que passaram pela constelação e com base nesta terapia compreenderam melhor a causa dos seus problemas e dos seus conflitos e isso foi fomento para que elas pudessem mediar e resolver adequadamente e de maneira satisfatória os seus conflitos, deixando-as satisfeitas”.
Para Gianeh Borges, terapeuta e coaching sistêmico e instrutora do curso, o Poder Judiciário de Mato Grosso teve uma atitude corajosa ao abrir as portas para que o direito sistêmico não apenas passasse a ser discutido, mas também utilizado no dia a dia.
Ela explica que o movimento de humanização nas relações é cada vez maior e está retornando para casa. “As pessoas viram que máquina sozinha não funciona, as pessoas viram que o velho ditado: ‘Escreveu não leu, o pau comeu’, não funciona mais, não basta sentenciar. Não resolve o conflito. Tem que sentar, conversar, explicar, dialogar, tem que ter olho no olho. Esse momento que o Judiciário está vivendo é de muita coragem”.
No entanto, apesar da quebra de paradigmas, o direito sistêmico ainda é visto com certa ressalva por muitas pessoas, principalmente a técnica das constelações. É exatamente aí que entre o atendimento individual, mostrando que constelação não é sinônimo de terapia em grupo. “Têm pessoas que estão mais abertas, elas não têm este questionamento, se sentem seguras, protegidas e não têm problema em participar de uma constelação em grupo. Outras podem ter passado por uma situação que a tenha deixado fragilizada diante de outras pessoas, aí dificilmente ela vai para um trabalho em grupo. É preciso respeitar os limites de cada um e saber o que fazer, como fazer e onde fazer”, ressalta a terapeuta.
O curso é ministrado também pelos instrutores Sami Storch, juiz do Tribunal de Justiça da Bahia, formado em Consultoria Sistêmica Empresarial, e Almir Jodat Nahas, que tem formação em constelação familiar.
Mais dois módulos do curso serão realizados. Nos dias 12 e 13 de maio o tema será “Sistemas Organizacionais” e nos dias 3 e 4 de junho “Possibilidades do Direito Sistêmico”.
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Janã Pinheiro/Fotos: Otmar de Oliveira/F5
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