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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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27.04.2015 14:54

Integração é resultado do seminário internacional
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Durante três dias, de 23 a 25 de abril, produtores rurais, advogados, magistrados, estudantes e profissionais do agronegócio vivenciaram um intercâmbio de conhecimentos, informações e troca de experiências no Seminário Internacional de Integração do Agronegócio com o Sistema Judicial. O evento, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Tribunal de Justiça (TJMT), teve a participação de aproximadamente 600 pessoas.
  
Políticas agrícolas do Brasil e dos Estados Unidos, legislação ambiental, negócios jurídicos e economia foram alguns dos temas apresentados e que proporcionaram discussões enriquecedoras, conforme avalia o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado. “Essas discussões são muito importantes para o nosso setor. Ouvir pessoas de outros países nos deu a dimensão daquilo que precisa ser melhorado no Brasil, para que possamos crescer cada vez mais e de forma sustentável”, enfatizou.
  
Para o presidente do TJ-MT, desembargador Paulo da Cunha, a avaliação final do evento foi muito positiva. “Foi uma troca de experiências excelente. O magistrado precisa ter conhecimento de várias áreas e o agronegócio é uma delas, principalmente por ter uma demanda muito grande no judiciário”.
  
O desembargador Márcio Vidal, idealizador do evento, contou que o seminário já está servindo de inspiração para outros estados brasileiros. “Fomos procurados por membros do Poder Judiciário do Pará. Isso mostra que estamos no caminho certo, que discussões como essas são importantes e devem ser ampliadas”.
  
O produtor rural Ângelo Vendrúsculo, de Lucas do Rio Verde (354km a norte de Cuiabá), considerou o seminário uma oportunidade para atualizar seus conhecimentos. “Passar três dias tendo aulas de economia, direito e outros assuntos importantes com certeza foi uma experiência extremamente válida. Iniciativas como essa nos permite aprender mais e atualizar aquilo que sabemos”.
  
Os três dias de evento também superaram as expectativas da desembargadora Marilsen Andrade Addario, diretora da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT). “A importância de trazer palestrantes de outros países significa que nós sabemos e temos a certeza de que o agronegócio não pode ficar restrito apenas ao estado de Mato Grosso ou ao nosso país”.
 
A corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Erotides Kneip, afirmou que o direito precisa se atualizar diante da realidade do agronegócio. “A integração é importantíssima para ambos os lados. Nós precisamos aprender a disciplinaridade para decidir melhor”.
  
Campo – Na programação também houve uma visita técnica com mais de 70 juízes das comarcas do interior de Mato Grosso nas fazendas do Grupo Bom Futuro, em Campo Verde. O juiz Anderson Junqueira, da Comarca de Água Boa (730km a leste da Capital), que também participou do seminário realizado no ano passado em Sorriso, afirmou que os temas debatidos durante o evento permitem a correta compreensão dos setores envolvidos. “Defino esse seminário como fenomenal. A oportunidade de termos uma visão interdisciplinar do assunto, com o magistrado indo a campo e o produtor ouvindo um pouco mais sobre legislação, faz com que os setores consigam se entender. E isso é extremante importante para o desenvolvimento do Estado”.
  
Projeto – O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça lançou na abertura do evento, sexta-feira (24 de abril), o Projeto Mediação do Agronegócio, que teve grande aceitação entre os parceiros e produtores. O objetivo da parceria é viabilizar pautas concentradas em diversos polos do estado, visando a mediação de conflitos entre agricultores e bancos. O projeto irá percorrer todo o estado.
  
Para viabilizar a proposta, representantes do Judiciário também assinaram Termo de Cooperação Técnica com a Famato, a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e a Federação dos Bancos (Febraban).
  
O evento teve o patrocínio da Aprosoja-MT, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat).
 
Leia matérias já publicadas sobre o seminário:
 
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Fonte: Assessorias Famato e TJMT