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Poder Judiciário de Mato Grosso
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17.04.2015 15:40
Juíza mostra ao país como lei é aplicada em MT![](https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/downloads/Imprensa/NoticiaImprensa/image/2015/04%20-%20Abril/17%20-%20Cheruli.jpg)
A discussão da alienação parental e da guarda compartilhada está intrinsecamente ligada e, por ser pioneira no assunto, a magistrada tem sido convidada por diversos Estados a falar sobre como a nova lei está sendo aplicada em Mato Grosso. A nova legislação tornou obrigatório o convívio entre pais e filhos de maneira equilibrada entre os genitores. Antes a regra era dar a guarda às mães e estipular direito de visita aos pais.
Na última quarta-feira (15 de abril), Cherulli palestrou sobre “Guarda Compartilhada na Visão da nova lei” em Natal (RN), no I Fórum do ano de 2015 da Comissão de Família e Sucessões da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Norte. Ela também levou e distribuiu à plateia a cartilha que produziu sobre o assunto.
O desembargador Dilermando Mota Pereira, que representou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte no evento e pertence ao Núcleo de Conciliação e Mediação do TJRN, ficou bastante empolgado com a abordagem feita pela magistrada mato-grossense. Houve um amplo debate e o plenário esteve lotado por advogados, promotores de Justiça e juízes. “A discussão foi muito rica”, salienta a magistrada.
![](https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/downloads/Imprensa/NoticiaImprensa/image/2015/04%20-%20Abril/17%20-%20Cartaz%20Cherulli.jpg)
Cherulli frisa ser muito importante massificar a divulgação do tema porque muitos operadores do Direito e magistrados ainda possuem resistências à aplicação da nova lei e porque o percentual de guarda compartilhada no país ainda é muito pequeno. O objetivo é mudar essa realidade.
A propagação da nova lei também é relevante para que as crianças sejam mais felizes e tenham um desenvolvimento saudável. Isso porque os estudos psicológicos mostram que os pequenos que sofrem alienação parental e que são privados de conviver com o pai ou a mãe desenvolvem traumas psicológicos que podem ser irreversíveis.
“As crianças precisam de referência paterna e materna. A ausência de uma das figuras cria uma carência e uma busca que vai ser preenchida com alguma outra coisa. Pode ser um vício ou na forma de um transtorno psicológico e comportamental”, explica a juíza. Ela observa ainda que o menino ou menina que ouve o pai falar que ‘a mãe não presta’ passa a sofrer conflitos internos e a pensar que ele mesmo também não presta, pois é geneticamente metade de cada um dos pais. Por isso, começa a passar por situações de negação por vergonha ou carência.
Ela destaca que muitos magistrados e profissionais que atuam nas ações de guarda também têm dúvidas recorrentes de como lidar com a situação, de decidir as liminares, de como fazer a divisão equilibrada de convivência entre o casal e como elaborar e trabalhar com os laudos psicossociais. Ela observa que as pessoas que participam desses congressos não estão em busca só de conhecimento técnico e sim prático.
“Elas querem saber como a lei está sendo trabalhada no nosso estado. Uma coisa é a explanação doutrinária, outra é levar experiência, o que tem contribuído muito com o trabalho dos colegas”, afirma.
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