Poder Judiciário de Mato Grosso
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06.03.2015 12:54
Mutirão da Justiça Comunitária movimenta VG.jpg)
Nesta sexta-feira (6 de março), os namorados Mayksuel Rosa Silva e Rosimeire Vicente Pacheco deram início a um sonho antigo ao começar os trâmites necessários para o casamento civil. A costureira Edineia Benigna da Silva conseguiu tomar duas vacinas que faltavam em sua carteira de vacinação – febre amarela e antitetânica. Já a estudante Maria Gabriela Osti participou de um bate-papo sobre bullying. Apesar de as três ações serem diferentes, os serviços foram oferecidos pela mesma instituição – a Justiça.Ocorre que desde as 8h da manhã de hoje a Justiça Comunitária da Comarca de Várzea Grande está na Escola Pedro Gardés, no Centro de Várzea Grande, atendendo à população com informações jurídicas, sociais e serviços de saúde. Tudo é oferecido gratuitamente.
“Nós trabalhamos para levar facilidade à população e, principalmente, evitar que o conflito apresentado aqui vire processo. Para isso, buscamos resolver tudo com a conciliação ou com a mediação. A nossa intenção é a paz social”, explica Paulo Dias, coordenador administrativo da Justiça Comunitária. Ele afirma ainda que outra diferença dos serviços oferecidos é a possibilidade de as pessoas conversarem até chegar a um acordo bom para as duas partes.Os serviços normalmente são oferecidos nos bairros mais distantes da cidade e que preencham dois requisitos, quais sejam, superpopulação e possuir comunidade carente. Neste sentido, o projeto tem 12 bases na cidade, que atendem diretamente à população de 100 bairros diferentes. Quando o trabalho vai para a escola é a convite da própria instituição.
“Hoje nós conseguimos economizar o valor que seria pago para fazer o casamento no civil. A gente trabalha muito, ganha pouco e ainda tem um monte de conta para pagar como luz, água, aluguel. Dessa forma, o dinheiro não sobra. Se não fosse por aqui não sei quando teríamos condições de nos casar no cartório”, explica o casal de noivos. Eles estão juntos há cinco anos, têm três filhos e ficaram sabendo da oportunidade a partir de um irmão da igreja que tem um filho estudando na escola. .jpg)
A estudante Ana Gabriela, que também não conhecia o projeto, conta que aprendeu muitas coisas novas. Ela destaca que na família não tem problemas necessários de conciliação, mas ela aproveitou o projeto aprendendo coisas novas. Uma delas é a descoberta de que briga de vizinhos pode ser resolvida sem envolver a polícia, somente pela conciliação. Ela também acha que os bate-papos sobre bullying são muito importante, “pois eles reforçam o que a escola já ensina sobre não haver brigas e insultos dentro do pátio e sala de aula”. 
Já a costureira Edineia Silva foi resolver um problema de sua casa e aproveitou para se vacinar. Segundo ela, o filho estuda na escola e levou um bilhete informando do mutirão de serviços. “Eu não perderia a oportunidade nunca. Já resolvi duas situações em uma só manhã – minha casa e as vacinas”, destaca. Assim como os noivos, a costureira e a estudante, todos que chegarem até as 17h30 na Escola Pedro Gardés serão atendidos e terão os problemas resolvidos.
Confira abaixo onde estão localizados os postos da Justiça Comunitária em Várzea Grande:
1 – Fórum de Várzea Grande
2 – Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro São Mateus
3 – Policlínica do bairro 24 de dezembro
4 – Cras do bairro Cristo Rei
5 – Cras do bairro Santa Maria
6 – Policlínica do bairro Marajoara
7 – Igreja católica do bairro Ouro Verde
8 – Centro Comunitária do bairro Nossa Senhora da Guia
9 – Igreja católica do bairro Pirineu
10 – Posto de saúde do bairro Mapim
11 – Posto de saúde do bairro Parque do Lago
12 – Próximo ao Posto de saúde do Capão Grande
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Keila Maressa
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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