Comarca de Nobres completa 38 anos com ações consolidadas e atuação em diversas áreas
A Comarca de Nobres completa 38 anos
nesta sexta-feira (21 de fevereiro), se consolidando como uma comarca
produtiva, moderna, que teve muitos avanços ao longo destas décadas e ainda
reserva muito desenvolvimento para o futuro.
Atualmente trabalham no fórum 14 servidores e 16 colaboradores, entre policiais, credenciados, terceirizados e estagiários. A equipe lida com um acervo de 2.258 processos em trâmite, além dos processos que chegam diariamente com litígios da população de aproximadamente 15.500 habitantes.
A servidora aposentada Nair Martins Pereira (foto) tem 71 anos, mora em Nobres desde 1980, se aposentou em 2017, após se dedicar à Comarca durante 27 anos.
Ela conta que o ambiente de trabalho
era muito bom. “As pessoas eram companheiras, vai trocando as pessoas, uns se
aposentam, no começo tive algumas dificuldades, mas o tribunal sempre foi muito
bom no apoio, tinha mudanças e eles nos ajudavam. O Judiciário é um órgão muito
bom”, afirma.
Nair diz ainda que apesar de algumas dificuldades, o sentimento é de gratidão. “Agradeço de ter feito o concurso, por ter passado, trabalhado todos esses anos. Tenho certeza que faço jus à minha aposentadoria, fui considerada uma pessoa muito responsável, sempre tive o serviço em dia”, ressalta.
A Comarca de Nobres foi criada por meio da Lei Estadual 4.964, de 26 de dezembro de 1985, e instalada em 21 de fevereiro de 1987. Os distritos de Coqueiral e Bom Jardim fazem parte da jurisdição de Nobres e reeducandos de Rosário Oeste têm seus processos de execução penal remetidos à comarca pela ausência de uma unidade prisional em Rosário.
O servidor Gustavo Single de Aguiar trabalha no Fórum de Nobres desde 2023, quando veio com o juiz diretor Daniel Campos Silva de Siqueira por remoção da Comarca de Sapezal. Ele considera que Nobres é um lugar bom, com pessoas acolhedoras e experientes.
“Os técnicos do fórum são mais antigos, alguns têm até 30 anos de trabalho, estão juntos há muito tempo, então é como se fosse uma família. O clima de trabalho é muito bom, são pessoas acolhedoras e também há a facilidade de estar mais próximo de Cuiabá”, afirma o servidor.
Por ser Vara Única, Gustavo explica que as demandas criminais são grandes, mas a equipe consegue dar andamento rápido. Foram realizados 22 júris ao longo do ano de 2024. Os maiores problemas cíveis são relacionados às mineradoras de calcário, das quais havia demandas processuais antigas desde 1987 tramitando no fórum e que a equipe do atual magistrado conseguiu resolver. “Foi a demanda mais impactante que mudou bastante o cenário da cidade”, completa.
Além disso, o servidor também destaca o trabalho feito pelo Judiciário na Cadeia Pública, onde cumprem pena atualmente 100 pessoas privadas de liberdade, das quais 32 trabalham extramuros, na construção de prédios públicos, serviços gerais, jardinagem e reformas. Além disso, há trabalho dentro da Cadeia Pública, projeto de remissão por leitura e reeducandos cursando nível superior em faculdades EAD.
Magistrados – Passaram pela Comarca de Nobres desde sua instalação os magistrados Sinval Pereira dos Santos, Raimundo Paiva de Souza, Flávia Catarina Amorim Reis, Irenio Lima Fernandes, Selma Rosane Santos Arruda, Newton Franco de Godoy, Celia Regina Vidotti, Ana Cristina da Silva, Tatiane Colombo, Debora Roberta Pain Caldas, Glenda Moreira Borges, José Eduardo Mariano, Myrian Pavan Schenkel, Raul Lara Leite, Sabrina Andrade Galdino Rodrigues, Diego Hartmann, Renato de Almeida Costa Filho, Suelen Barizon Hartmann e o atual diretor, Daniel Campos Silva de Siqueira.
O juiz Daniel conta que nesses 14
meses que está à frente da Comarca tem gostado bastante, se sente feliz, foi
muito bem recebido pelo povo acolhedor e simpático da cidade.
“Aqui vejo meu serviço render, o que eu faço vejo que estou melhorando a parte processual do fórum, problemas da cidade sendo reduzidos. Isso traz uma satisfação maior, temos mais tempo para casos complexos, os membros da minha equipe são muito bons, isso ajuda demais, confio demais, já sabem a forma como eu penso e isso tem trazido celeridade para questões mais complexas”, pontua o magistrado.
A juíza Suelen Barizon Hartmann, à época diretora do Fórum, conseguiu o Selo Bronze do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a Comarca e ano passado a gestão alcançou o Selo Prata reduzindo em quase 15% a taxa de congestionamento, era 68% e ficou 53%.
E o juiz diretor deixa um recado aos servidores e servidoras: “nós não conseguiríamos fazer o que estamos fazendo sem a dedicação de cada um. Sem o ato de cada um deles seria impossível ter essa melhora significativa nos nossos números, deixo meu respeito e meu agradecimento”.
Mylena Petrucelli
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
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