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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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19.08.2019 09:29

Oferta de serviços do Araguaia Cidadão atrai público de todas as idades
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Quando ele nasceu, em 1915, na cidade baiana de Ruy Barbosa, o mundo ainda vivia sob a tensão da Primeira Guerra Mundial. De lá para cá, uma infinidade de acontecimentos históricos e tecnológicos revolucionaram o planeta, mas para ele - de vida simples e fala mansa - pouco mudou. Antônio Oliveira de Souza, hoje aposentado, já foi roceiro e garimpeiro. Atraído pela promessa de lucro fácil em solo mato-grossense, ele veio para o Estado em 1972 e nunca mais saiu.
 
Lúcido, com seu chapéu de boiadeiro e na companhia da mulher, a dona Maria Francisca Batista, de 75 anos, ele ouviu falar de um tal mutirão que estava sendo realizado na minúscula cidade onde mora – Araguainha (MT) – e resolver comparecer. Era a comitiva do Araguaia Cidadão, conduzida pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. No local, além de ver uma movimentação incomum para o seu dia a dia, ele ainda ganhou um par de tênis e roupas novas.
 
“Achei bom demais. Ganhei umas roupinhas também. Achei bom demais! Fiquei feliz e a mulher também”, contou. Apesar dos 104 anos, completados no dia 15 de janeiro, ele garante que está tudo bem com a saúde dele. “Tô firme e forte, graças a Deus”, afirmou. E também explicou porque veio morar em Mato Grosso, lá no ano de 1972. “Me disseram que aqui era muito bom. Achei bom e fiquei. Só ganhava um mil réis por dia. Aqui disseram que ganhava 10 mil por dia. Então eu disse ‘vambora’. E ganhei! Eu era solteiro e conheci ela aqui. Casei e tô com ela”, contou.
 
Ponte Branca - No outro extremo da vida, o pequeno Riquelmy, de apenas 15 dias de vida, veio no colo da mãe, a empregada doméstica Josenita Ramos Pereira, de 36 anos, participar do mutirão da expedição Araguaia Cidadão, na cidade de Ponte Branca (494km de Cuiabá). “Fiquei sabendo porque vi um panfleto e ouvi no carro de som. Vim plastificar o registro de nascimento do neném e, como não votei no primeiro turno, também vou arrumar meu título para a próxima eleição”, revelou.
 
Questionada sobre o que achou do mutirão de serviços, Josenita foi só elogios. “É muito bom. Temos muitos serviços oferecidos aqui que tem muita gente que não tem condições de pagar. Aqui dá pra resolver várias coisas em um só lugar, no mesmo dia. É uma ação muito boa, que deveria acontecer mais vezes. Com certeza espero que voltem ano que vem”, assinalou.
 
Já o trabalhador rural Nelci Rodrigues da Silva veio de Goiás para Ponte Branca para aproveitar os serviços do mutirão. Fez exames médicos, como aferição de pressão e exames rápidos para detecção de doenças contagiosas, e aproveitou a distribuição de mudas do Juizado Volante Ambiental (Juvam) e levou para casa pés de ipê e de nim. “Muito bom ter essas mudas aqui. Vou plantar na minha fazenda em Goiás. O mutirão é muito bom e o atendimento foi ótimo”, avaliou.
 
O prefeito de Ponte Branca, Humberto Luiz Nogueira de Menezes, disse ter ficado surpreso com a grandeza da expedição. “Nossa comunidade está muito alegre, até me surpreendeu, nós nunca esperávamos receber tantos benefícios como nosso município está recebendo hoje. Quero agradecer o Tribunal de Justiça, em nome do doutor Tony e de toda equipe do TJ. Agradecer vocês que vieram aqui colaborar e trazer esse momento de alegria pro nosso povo.”
 
Humberto Menezes salientou ainda ser gratificante fazer parte da equipe que viabilizou a oferta da variada gama de serviços na cidade. “Muitas vezes essas pessoas que estão sendo atendidas aqui nós temos que levar para Alto Araguaia, para Barra do Garças e até mesmo para Cuiabá para um atendimento desses aqui. Estão de parabéns, quero que venham mais e mais vezes, e que nosso município seja mais uma vez contemplado. Se Deus permitir, ano que vem o Araguaia Cidadão volta aqui!”, desejou o gestor.
 
No sábado (17 de agosto), a expedição Araguaia Cidadão seguiu para o município de Ribeirãozinho, onde o atendimento foi feito no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), das 9h às 17h. No domingo (18 de agosto), a comitiva chegou em Torixoréu, onde os atendimentos foram feitos na Escola Estadual Febrônio Rodrigues, também das 9h às 17h.
 
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Lígia Saito (texto e fotos)
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