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 15/04/2025   16:10   

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Corregedoria lança Projeto Bebê Cidadão com foco na segurança e cidadania desde o nascimento

Foto colorida mostra uma reunião com pessoas sentadas ao redor de uma mesa em formato de U. Ao centro da imagem, o corregedor está de terno e a juíza auxiliar de camisa branca conduzem a conversa. Todos os participantes estão atentos, com folhetos do projeto “Bebê Cidadão” sobre a mesa.

Promover a segurança dos recém-nascidos, combater a troca de bebês, além de garantir acesso à documentação oficial desde os primeiros dias de vida, são os objetivos do Projeto Bebê Cidadão, lançado nesta terça-feira (15 de abril) pela Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-TJMT), na sede do órgão, em Cuiabá.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador José Luiz Leite Lindote, assinou o Provimento TJMT/CGJ n. 22, em conformidade com o Termo de Cooperação Técnica nº 177/2021, celebrado entre o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso e o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) e Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso (Politec).

Profissional com luvas realiza a coleta de biometria de um recém-nascido utilizando o equipamento, que emite luz azul. O dispositivo está posicionado sobre o dedo da criança, que veste roupa rosa com detalhes roxos e está enrolada em uma manta com estampas florais. A profissional usa uniforme com a A iniciativa garante a coleta da biometria facial e digital de bebês ainda na maternidade, por meio de uma estrutura integrada com o cartório interligado e os sistemas de identificação do Estado. O projeto-piloto será implantado por 90 dias no Hospital Beneficente Santa Helena, na capital, com apoio do Cartório do 3º Ofício de Registro Civil de Cuiabá e Politec.

Os testes já tiveram início na semana passada. Um casal de gêmeos, filhos de Natália e William dos Santos, foi os primeiros bebezinhos a terem as digitais coletadas na unidade de saúde e terão a Carteira de Identidade Nacional (CIN) em breve.   

Corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso concede entrevista à TV Justiça. Ele está de pé, vestindo terno cinza, camisa clara e gravata preta. Um microfone com o logotipo da emissora é segurado por uma pessoa fora do quadro. Ao fundo, uma tela exibe o banner digital do projeto Bebê Cidadão com a frDe acordo com o projeto, o fluxo de trabalho se inicia com a emissão da Declaração de Nascido Vivo (DNV) pela maternidade. Em seguida, o cartório realiza o registro civil e insere o CPF da criança. Na sequência, é feita a coleta biométrica. Os dados são transmitidos à Politec, que valida as informações e gera o protocolo para emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).

“A identificação biométrica logo ao nascer é muito mais do que uma fotografia bonita da criança. É um ato de proteção à infância, de prevenção a crimes como sequestro de bebês e de garantia ao direito à identidade desde os primeiros momentos de vida. Sempre entendi que minha função na magistratura também envolve um compromisso social. Desde o início da carreira, busquei oportunidades para atuar nessa frente. Tenho um carinho especial por projetos que envolvem crianças. Quando vejo uma ação voltada aos bebês, isso me toca profundamente. Já participei de iniciativas que tiraram mães e filhos de situações de extrema vulnerabilidade. Por isso, acredito no potencial do Projeto Bebê Cidadão de transformar realidades”, argumentou o corregedor. “Vamos trabalhar para divulgar amplamente essa iniciativa e incentivar as famílias a aderirem. O benefício é imenso e pode salvar vidas”, completou.

A juíza auxiliar da CGJ, Myrian Pavan Schenkel, responsável pelas ações do Foro Extrajudicial, destacou o impacto social da medida. “O Projeto Bebê Cidadão nasceu da necessidade de garantir o acesso imediato a benefícios sociais que exigem a apresentação do RG, algo que a certidão de nascimento, por si só, não resolvia. A partir disso, percebemos que a iniciativa também fortalece a segurança do paciente, combate a troca de bebês e assegura a cidadania desde o nascimento. A criança já sai da maternidade com os principais documentos e com sua identidade biométrica registrada. É uma medida que conecta o recém-nascido a políticas públicas e serviços essenciais. O projeto tem base legal em um termo de cooperação firmado entre o TJMT e o Governo do Estado desde 2021. Nesta fase piloto, conta com a participação da Corregedoria, da Politec, do Cartório do 3º Ofício e da Maternidade Santa Helena, que funciona como unidade interligada de registro civil”, resume.

O diretor-geral da Politec, Jaime Trevizan Teixeira, explicou que o equipamento usado na coleta é específico para biometria neonatal. “Ele permite uma coleta mais rápida, precisa e confortável para o bebê, inclusive nos primeiros dias de vida. Com essa tecnologia, conseguimos garantir segurança na identificação da criança desde o nascimento. A meta nacional é identificar toda a população até 2042, e esse projeto contribui diretamente para isso. Ao ter seus dados biométricos registrados, a criança passa a integrar o sistema oficial de identificação, o que possibilita seu reconhecimento em qualquer lugar do país, inclusive em situações de risco ou vulnerabilidade”, destacou.

A diretora administrativa do Hospital Beneficente Santa Helena, Zoraida Hanna Mady, destacou que a iniciativa é bem-vinda e que a adesão dos pais é voluntária. “A iniciativa será amplamente divulgada dentro do hospital. Nossa equipe já tem experiência com projetos como o de registro civil interno, que hoje garante certidão de nascimento para 95% dos bebês nascidos na unidade. A adesão dos pais ao Projeto Bebê Cidadão será voluntária e acredito que será bem recebida pelas famílias, principalmente porque o processo não gera custos. É uma medida segura e que reforça o direito à cidadania desde o nascimento”, afirmou.Banner eletrônico do projeto “Bebê Cidadão” dividido em duas partes. À esquerda, uma foto mostra os pés de um bebê sendo segurados por mãos adultas, com linhas digitais simulando conexões tecnológicas. À direita, sobre fundo azul, está escrito “Projeto Bebê Cidadão

A presidente da Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg-MT), Velenice Dias de Almeida, enalteceu a parceria. “A união entre Judiciário, cartórios e órgãos de identificação torna possível esse salto de qualidade no registro civil. É um projeto que valoriza a cidadania desde o nascimento”, afirmou. “Começamos com o Cartório do 3º Ofício de Cuiabá e, após essa fase de testes, a expectativa é expandir para outras unidades interligadas em todo o estado.”  

A cerimônia de lançamento foi realizada na sede da Corregedoria, em Cuiabá, com a presença de servidores da CGJ, representantes da Politec, dos Notários e Registradores, e da equipe da unidade hospitalar. Após o período de testes, a Corregedoria avaliará a expansão do projeto para outras unidades hospitalares que possuam cartórios interligados e infraestrutura compatível. Imagem 1 – Foto colorida mostra uma reunião com pessoas sentadas ao redor de uma mesa em formato de U. Ao centro da imagem, o corregedor está de terno e a juíza auxiliar de camisa branca conduzem a conversa. Todos os participantes estão atentos, com folhetos do projeto “Bebê Cidadão” sobre a mesa. Ao fundo, há um banner com o nome e slogan do projeto: “Mais que um gesto de amor, um ato de cidadania”.

Alcione dos Anjos / Foto: Adilson Cunha

Assessoria de Comunicação da CGJ-TJMT

imprensa@tjmt.jus.br

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