Judiciário proporciona facilidade e agilidade para solução de conflitos com métodos consensuais
Você sabia que, na Justiça brasileira, nem sempre é o juiz quem dá a
palavra final, mas sim as próprias partes envolvidas na discussão? Sim, é
possível e, para isso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso conta com o Núcleo
Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec),
responsável por atuar em casos em que as partes estão dispostas a resolver a
demanda por meio do diálogo.
Essa resolução pode ser alcançada de duas formas: pela conciliação ou
pela mediação. Ambas são formas autocompositivas de solução de conflitos, ou
seja, os próprios envolvidos é quem definem como o caso será encerrado. Eles
contam com o auxílio de um conciliador ou mediador, pessoa capacitada para
promover a comunicação entre os interessados, buscando um resultado que seja
satisfatório para os dois lados. Nos métodos consensuais, a figura do
magistrado entra após firmado o acordo, com o objetivo de homologá-lo, garantindo
um título judicial.
História - Essa forma de resolver problemas
surgiu do desejo de várias pessoas que atuam no Judiciário em promover uma
mudança de cultura nesse meio, passando da litigiosidade para a cultura do
diálogo. O grande ganho com essa mudança de paradigma é a efetiva pacificação
social, além da modernização, agilidade e eficiência obtidas na prestação dos
serviços judiciários.
Após o chamado Movimento pela Conciliação, lançado em agosto de 2006
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi editada a Resolução nº 125/2010,
que institui a Política Judiciária de Tratamento Adequado de Conflitos de
Interesse, que estabelece que os tribunais de todo país tenham o seu Nupemec. O
Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJMT foi
inaugurado em 20 de julho de 2011.
Atribuição do Nupemec - O Nupemec é responsável por inúmeras
funções, destacando-se as de planejar, implementar, manter e aperfeiçoar as
ações voltadas ao cumprimento da Política Judiciária de Tratamento Adequado de
Conflitos; instalar Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania
(Cejusc), que são as unidades onde ocorrem as sessões de conciliação e
mediação; promover capacitação, treinamento e atualização permanente de
magistrados, servidores, conciliadores e mediadores nos métodos consensuais de
solução de conflitos; criar e manter cadastro de mediadores e conciliadores.
Mato Grosso conta com 49 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania, abrangendo o Primeiro e o Segundo Graus de jurisdição. Há também os Cejuscs especializados em áreas como Fazenda Pública, Superendividamento, Meio Ambiente e Empresarial. Destaca-se ainda o Cejusc Virtual Estadual, com competência para atender as demandas das comarcas onde ainda não há unidade instalada e também por realizar as oficinas de parentalidade.
Confira aqui a lista completa dosCejusc e seus respectivos contatos.
Atualmente, o Nupemec-TJMT é presidido pelo desembargador Mário Roberto
Kono de Oliveira e conta com a juíza Helícia Vitti Lourenço como coordenadora e
com o juiz Wanderlei José dos Reis como coordenador suplente.
Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
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