Desembargador Wesley Lacerda passa a coordenar Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do TJMT
A Comissão Especial sobre Drogas
Ilícitas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) conta com nova composição
para o biênio 2025/2026, sob a coordenação do desembargador Wesley Sanchez
Lacerda e coordenação-adjunta do desembargador Marcos Machado. A recomposição
foi regulamentada pela Portaria TJMT/PRES nº 97, de 9 de janeiro de 2025, tendo
em vista as novas lotações de magistrados e magistradas em órgãos judiciários
com competência em matérias que envolvem drogas ilícitas.
“Recebo essa missão com muita
responsabilidade, principalmente porque trata-se de uma comissão composta por
quatro desembargadores e 30 juízes. Uma comissão que começou em 2013 e, desde
então, sempre tendo à frente o desembargador Marcos Machado. Ele que é um ícone
da magistratura nacional no assunto e que, juntamente com o desembargador Hélio
Nishiyama, chancelou o meu nome para a coordenação. Tenho a tranquilidade em
poder contar com a coordenação adjunta do desembargador Marcos e, assim, poder
dar continuidade aos projetos e trabalhos”, afirma o desembargador Wesley
Lacerda.
Além dos desembargadores Wesley
Lacerda e Marcos Machado, também compõem a Comissão os desembargadores Mário
Roberto Kono de Oliveira e Hélio Nishiyama e os juízes e juízas: Alethea
Assunção Santos, Aline Luciane Ribeiro Viana Quinto Bissoni, Anderson Clayton
Dias Batista, Cristiane Padim da Silva, Daiene Vaz Carvalho Goulart, Edna
Ederli Coutinho, Edson Dias Reis, Elmo Lamoia de Moraes, Emanuelle Chiaradia
Navarro Mano, Fernando da Fonseca Melo, Francisco Alexandre Ferreira Mendes
Neto, Geraldo Fernandes Fidelis Neto, Helícia Vitti Lourenço, Hugo José Freitas
da Silva, Jean Garcia de Freitas Bezerra, Jean Louis Maia Dias, João Francisco
Campos de Almeida, Leilamar Aparecida Rodrigues, Luciana Braga Simão Tomazetti,
Marcelo Ferreira Botelho, Marcos Faleiros da Silva, Maurício Alexandre Ribeiro,
Melissa de Lima Araújo, Milena Ramos de Lima e Souza Paro, Moacir Rogério
Tortato, Raissa da Silva Santos Amaral, Renata do Carmo Evaristo Parreira,
Tibério de Lucena Batista, Vagner Dupim Dias e Wagner Plaza Machado Junior. O
servidor Rafael Torres Molina é o secretário da Comissão.
O coordenador da Comissão
Especial afirma que o ritmo de trabalho da mesma é intenso, com reuniões, no
mínimo, semestrais, além de discussões permanentes e em tempo real, por meio do
grupo de Whatsapp temático. “Sem contar os eventos de capacitação técnica aos
magistrados, cuja iniciativa e protagonismo sempre partiram dos integrantes da
comissão”, comenta.
Segundo o desembargador Wesley
Lacerda, está em seu plano de atuação à frente da Comissão Especial sobre
Drogas Ilícitas aumentar o diálogo intra e interinstitucional. “Especialmente
em relação à Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça e aos
outros poderes, seja com a Assembleia, seja com os congressistas de Mato
Grosso, bem como, com o Governo do Estado, buscando atuações em sintonia, mais
precisamente quanto à mudança de certos paradigmas de posicionamentos,
eventuais alterações normativas e macro políticas de enfrentamento. Ainda,
intensificar as jornadas acadêmicas para maior capacitação dos magistrados,
sempre sob a regência da Esmagis”, explica.
Questionado sobre a importância
da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas para a atuação dos magistrados e
para o combate ao tráfico de drogas no Estado, o desembargador Wesley afirma
que a chamada "Política de Drogas" é algo muito complexo e
multidisciplinar. "Não se limita à repressão criminal ao tráfico. O
sistema de Justiça Criminal 'se levanta' contra essa 'maré montante' do tráfico
e das organizações criminosas, que vem crescendo em progressão geométrica mas,
na 'crista dessa onda', está o 'tsunami social' da destruição de vidas e
lares", comenta.
O magistrado afirma que
exatamente o mesmo acontece no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente,
"onde temos as medidas socioeducativas (repressão) e as medidas de
proteção como, também, na Lei Maria da Penha, Estatuto do Idoso e Lei Henry
Borel, que enfrentam o delito, mas colocam os 'seres' como objeto de especial
proteção legal. Precisamos estar atentos a isso, a essa 'via de mão dupla'. E,
me parece que, na Lei nº 11.343/06, temos exatamente isso: os delinquentes e as
vítimas (a chamada dupla penal)", analisa.
Lacerda ressalta também a
qualidade técnica dos membros da Comissão, uma vez que dos quatro
desembargadores membros, três são de Câmaras Criminais, e que o desembargador
Mário Kono é pioneiro e expert em Justiça Terapêutica, desde os seus tempos de
juiz à frente dos Juizados Especiais (onde tramitam os TCOs dos usuários pelo
artigo 28 da Lei nº 11.343/06). "Os outros 30 componentes, magistrados de
Primeiro Grau, estão entre os mais gabaritados e experientes nas mais variadas
temáticas da questão. Então, essas visões conglobantes, que cada um traz com
suas multi experiências de vida funcional, acabam por dar à Comissão uma
característica singular: um foro de debate franco, democrático, de viés social
e multifacetado, servindo como um norte, um farol, para todo o sistema de
Justiça Criminal do Estado de Mato Grosso, diante dessa mazela social. A missão
e o compromisso da Comissão sempre foram esses. E sempre serão. Assim
espero", assevera.
Neste ano, a Comissão Especial
sobre Drogas Ilícitas do TJMT completará 13 anos de existência, pautada pelo
estudo, apresentação de trabalhos acadêmicos e debate de temas ligados às leis,
jurisprudências e à realidade atinentes às drogas ilícitas. Ao longo desse
período, houve evoluções na própria estrutura da Comissão, com a adesão de cada
vez mais magistrados e magistradas, além de impactos na sociedade, por exemplo,
com a indicação de instalação e Varas Especializadas em Crimes de Tráfico de
Drogas com competência regional (a exemplo das instaladas em Cáceres e Sinop,
no ano de 2023).
Na página da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas no portal do TJMT, é possível ter acesso aos materiais de estudo, como artigos e teses, projetos, cartilhas, relatórios de estudos, entre outros. Clique neste link para conferir.
Celly Silva / Foto: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
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