Corregedor propõe ao presidente da Associação dos Municípios atuação conjunta em ações sociais
Com
o propósito de ampliar as ações de abrangência social fomentadas pelo Poder
Judiciário, o corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso, desembargador José
Luiz Leite Lindote, e a juíza auxiliar da Corregedoria, Myrian Pavan,
reuniram-se na tarde de sexta-feira (17 de janeiro) com o presidente da
Associação dos Municípios de Mato Grosso (AMM), Leonardo Bortolin, para
apresentar três importantes ações que demandam atuação conjunta.
O
corregedor apresentou ao presidente da AMM o programa de regularização
fundiária Solo Seguro, a limitação de valores para as ações de execução fiscal
e a implantação da rede de enfrentamento à violência doméstica.
Em
todas as ações, a atuação conjunta dos municípios e do Poder Judiciário é
fundamental para o sucesso dos projetos. “São ações de grande impacto social,
beneficiando, principalmente, a população mais vulnerável e que não implicam em
custos para os municípios”, destacou o corregedor.
Conforme
o presidente da AMM são projetos importantes que podem ajudar no
desenvolvimento das cidades. Por isso, a Associação mobilizará os municípios e
será uma parceira da Corregedoria em todas as ações apresentadas.
Solo
Seguro - A iniciativa faz parte do programa permanente de regularização
fundiária e tem o propósito de facilitar a regularização de imóveis. A ação,
idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é desenvolvida em Mato
Grosso com a participação do Poder Judiciário, por meio da Corregedoria, Poder
Legislativo e Governo do Estado, por intermédio do Instituto de Terras (Intermat).
A
proposta da CGJ-TJMT é que os prefeitos identifiquem, em seus municípios, as
áreas que precisam de regularização fundiária e busquem a celebração de
convênios com o Intermat. A regularização será processada nos termos da Lei
13.465/2017, que trata da Regularização Fundiária Urbana (Reurb), e não terá
custos para os moradores. Até mesmo o registro do imóvel no cartório será
gratuito.
Execuções
fiscais - O corregedor mostrou ao presidente da AMM a necessidade de os
municípios editarem leis locais regulamentando o valor mínimo para o
ajuizamento de execuções fiscais. Conforme o desembargador Lindote, muitas
execuções fiscais são protocoladas no Poder Judiciário, mas não têm viabilidade
prática nenhuma. São ações que ficam pendentes, tramitando no Judiciário,
gerando custos e aumentando o estoque de processos.
O
CNJ publicou a Resolução 547/2024, prevendo a possibilidade de o Judiciário
extinguir ações de execução fiscal com valores inferiores a R$ 10 mil, desde
que preenchidos os demais requisitos. Como esse valor pode ser muito alto para
alguns municípios, a proposta é que cada prefeito edite uma lei local,
estabelecendo o valor conforme as suas peculiaridades.
Rede
de enfrentamento à violência doméstica - A proposta é implantar a rede que já
existe em 28 cidades em todos os 143 municípios do Estado. A rede de
enfrentamento é composta por várias instituições públicas, privadas e da
sociedade civil, que devem atuar de forma integrada para prevenir e combater a
violência doméstica e familiar.
Para
que o serviço oferecido seja efetivo, é necessário haver a integração de
políticas públicas, como saúde, assistência social e educação, para o
acolhimento e atendimento das vítimas, fazendo com que elas reencontrem a
autoestima e busquem sua autonomia pessoal e financeira. Os municípios possuem
a estrutura básica dos serviços, oferecidos por meio das secretarias.
O
corregedor também abordou o projeto Cartório Inclusivo, desenvolvido pela
CGJ-TJMT, que prevê a destinação de 10% das vagas de trabalho abertas em
cartórios do foro extrajudicial para mulheres vítimas de violência doméstica. A
sugestão é que os prefeitos estabeleçam ações semelhantes, como, por exemplo, a
possibilidade de reserva de vagas nas empresas que têm contrato com os
municípios, para atender mulheres vítimas de violência doméstica.
Lindote
ainda destacou a importância da participação da AMM, com sua ampla capilaridade
em todos os municípios, e ressaltou que os projetos apresentados têm grande
apelo social, atendendo à população, principalmente a mais fragilizada, e que a
implantação das ações não implicará em custos para os municípios.
Descrição
das imagens: Primeira imagem: a fotografia mostra o corregedor-geral da Justiça
sentado à mesa, ladeado pelo presidente da AMM e pela juíza auxiliar da
corregedoria.
Segunda imagem: a fotografia mostra o corregedor-geral da Justiça em pé, ladeado pela juíza auxiliar e pelo presidente da AMM.
Vlademir Cargnelutti / Foto: Adilson Cunha
Assessoria de Comunicação da CGJ-TJMT
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