Comarca de Chapada dos Guimarães celebra 34 anos de Justiça e inovação
A
Comarca de Chapada dos Guimarães (a 62 km de Cuiabá), um dos destinos
turísticos mais famosos de Mato Grosso, completa 34 anos de instalação neste
domingo (26 de janeiro). Ao longo dessas décadas, a unidade judiciária tem se dedicado
a garantir o acesso à Justiça para uma população vasta e diversificada, que
abrange não apenas a cidade sede, mas os municípios de Nova Brasilândia e
Planalto da Serra, além dos distritos de Água Fria, Praia Rica, Rancharia, Rio
da Casca e Riolândia.
Criada
pela Lei nº 4.004, de 30 de junho de 1978, e instalada em 1991, a Comarca de
Chapada dos Guimarães pertence à categoria de Entrância Intermediária e conta
com duas Varas - Cível e Criminal.
A
unidade tem como diretor do Foro, o juiz Leonísio Salles de Abreu Júnior, que
atua na 1ª Vara e é o coordenador do Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc); e Renato José de
Almeida Costa Filho, juiz eleitoral e diretor substituto do Fórum, que atua na
2ª Vara.
Destaques da Comarca
Pontos de Inclusão Digital (PIDs) - A Comarca destaca-se como a primeira no
Estado a implantar os Pontos de Inclusão Digital (PIDs), em Planalto da Serra e Nova Brasilândia, ainda em
2023. Os escritórios judiciais facilitam o acesso à Justiça ao oferecer
atendimento descentralizado aos cidadãos, que não precisam se deslocar à sede
do Fórum da Comarca para acessarem serviços da Justiça, gerando celeridade,
praticidade e economia durante o processo.
“Os
PIDs facilitam o acesso aos cidadãos, especialmente aqueles que vivem a mais de
200 quilômetros de distância. Esses postos também estimularam a Defensoria
Pública Criminal, a Polícia Civil e o Ministério Público Cível a utilizarem
esses espaços como centros de cidadania, ampliando o atendimento à população”,
explica o magistrado.
Cultura da Paz - Outro avanço importante foi o
fortalecimento da cultura da paz, por meio dos Círculos de Construção da Paz
virtuais mensais, que conectam cuidadores de todo o Brasil, além do projeto “Círculos
Coloridos na Saúde” que, de acordo com o juiz diretor, em 2025, será
implementado nos três municípios que integram a Comarca. A busca é pela
promoção da harmonia social e integração entre Saúde e Justiça.
A
Comarca também se destaca por ser a única no Estado a contar com o "Espaço
Ubuntu", um ambiente restaurativo ao ar livre, planejado para receber
estudantes, reuniões e círculos de paz, reforçando o compromisso com práticas
restaurativas e acolhedoras.
O futuro e seus desafios - Com 34 anos de história, a Comarca de Chapada
dos Guimarães se consolida como uma importante unidade da Justiça em Mato
Grosso. A equipe de servidores e magistrados da comarca prima por continuar
oferecendo um serviço de excelência à população, buscando soluções inovadoras
para os desafios do presente e do futuro.
Ao longo dos anos realizaram diversas
ações, com o engajamento da equipe, a exemplo daquelas em prol da saúde, como
Outubro Rosa, Setembro Amarelo, Novembro Azul. Também atuam em conjunto com a
Justiça Comunitária do Fórum de Chapada em ações sociais com distribuição de
cestas básicas e atendimento da população carente. Além de encamparem projetos
e programas do Judiciário, como Aposentadoria Humanizada, Programa Padrinhos, Adotar É Legal, Círculo
de Paz nas escolas, dentre outros. E os desafios ainda são muitos, conforme o
juiz diretor.
Zonais Rurais - Quando a Comarca foi instalada, o município
já não era considerado o maior do mundo em extensão territorial, com cerca de
270 mil km². Ao ser desmembrado, o território deu origem a outras cidades
mato-grossenses, como Alta Floresta (distante 804 km de Chapada), Colíder,
Sinop, Nova Brasilândia e Paranatinga. Mesmo assim, o território chapadense
continua extenso, com cerca de 6.603 km², de
acordo com dados estimados do IBGE (2023). A
população residente é de 18.990 pessoas (IBGE-2022). Parte dessa população vive
nas zonas rurais.
De
acordo com o diretor do Foro, atender as zonas rurais dos municípios da
Comarca, aproximando o Judiciário dos cidadãos, é um dos maiores desafios de
seu trabalho. Para isso, promove ações nas escolas e junto aos profissionais de
Educação e Saúde, “levando Justiça e informação e reduzindo tanto a distância
física quanto simbólica entre os jurisdicionados e o Poder Judiciário, com foco
na prevenção e no enfrentamento à violência”.
Questões fundiárias e ambientais - Outro desafio da Comarca, apontado pelo
magistrado, envolve questões fundiárias e ambientais, considerando as diversas
ações possessórias, desmatamentos e a conservação do entorno do Lago do Manso. Para
ele, essas demandas exigem um olhar integrado para garantir a proteção do meio
ambiente e os direitos das comunidades locais.
“Todas essas iniciativas reforçam o papel
transformador do Judiciário, reafirmando nosso compromisso com uma Justiça
inclusiva, acessível e humanizada, voltada para atender às demandas sociais,
ambientais e culturais da nossa Comarca”, conclui o diretor da Comarca, juiz
Leonísio Salles.
Diretores do Foro da Comarca - Ao longo dos anos, diversos magistrados
passaram pela direção da comarca, cada um contribuindo para o desenvolvimento
da Justiça local.
A
primeira diretora do Foro da Comarca foi a juíza Margarete da Graça Blank
Miguel Spadoni, falecida em 2021, que foi homenageada pelo Poder Judiciário de
Mato Grosso, ao nomear o novo Fórum de Chapada dos Guimarães com o seu nome. A
obra foi entregue no ano passado. A Comarca teve ainda como diretores a juíza Juanita
Clait Duarte; Ester Belém Nunes Dias; Luiz Fernando Voto Kirche; Marco Aurélio
dos Reis Ferreira; Wanderlei José dos Reis; Eduardo Calmon de Almeida Cezar; Flávio
Maldonado de Barros; Silvia Renata Anffe e o atual diretor do Foro, juiz Leonísio
Salles de Abreu Júnior.
Novo prédio do Fórum - O aniversário deste ano é comemorado em novas
instalações, já que o Fórum funciona num prédio novo e moderno desde setembro
de 2024. A sede própria tem cerca de 2.100 m² de área construída e mais de
8.300 m² de área verde permeável.
A construção segue as políticas de sustentabilidade, com o reaproveitamento da água dos condicionadores de ar, e de acessibilidade previstas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de contar com espaço exclusivo para advogados e uma sala passiva ampla para o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), incentivando a cultura da autocomposição.
Marcia Marafon
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br

























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