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Poder Judiciário de Mato Grosso
Notícias
26.05.2021 08:01
Webinário Adoção e Acolhimento Familiar debate temática![](https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/downloads/Imprensa/NoticiaImprensa/image/26%20-%20Webn%C3%A1rio%20ado%C3%A7%C3%A3o%20geral.jpg)
O evento faz parte de um grupo de iniciativas que envolvem além de ações do Poder Judiciário de Mato Grosso, via Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria-Geral, ações também dos parceiros como a Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), Governo do Estado de Mato Grosso, Assembleia Legislativa do Estado, Ministério Público, OAB, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e Associação para o Desenvolvimento Social de Mato Grosso (APDM), entre outros.
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O tema foi abordado pela juíza da Segunda Vara de Tangará da Serra (distante 239 km ao médio-norte), Leilamar Aparecida Rodrigues e foi comentado pela desembargadora Maria Erotides Kneip (mãe adotiva) e pelo procurador de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado. A juíza de Tangará falou sobre os meandros para a adoção, anseios, dificuldades e vitórias também. Ela disse que atua na comarca há seis anos é constatou várias mudanças de perfil dos interessados ao longo deste tempo. Falou de um casal de outra comarca que passou pelo curso da Ampara e alterou sua preferência para adoção. “A mãe me disse: eu descobri que eu queria um filho, mas ele não escolheu como queria a mãe dele. Se fosse branca ou negra, velha ou nova. Por isso alteramos nosso perfil”, disse a magistrada. Os pretendentes acabaram adotando um casal de irmãos em idade mais velha. Exatamente uma das maiores dificuldades para a Adoção. Mesmo a menina tendo grande resistência em ser adotada. “A angústia da criança foi superada pelo preparo do casal. As crianças testam os casais, com medo de serem devolvidas. Eles estão juntos agora”, revelou a magistrada.
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A desembargadora Maria Erortides Kneip compartilhou sua experiência pessoal de adoção e da magistratura. “Quero responder uma pergunta que muitas pessoas fazem. Porquê comemorar o Dia Nacional da Adoção? Eu respondo: porque a consanguinidade não assegura uma criança feliz e plena. Há necessidade da família, dos ensinamentos. Eu tenho quatro filhos, um deles me chegou pela adoção. Todos estão encaminhados na vida. Seguem suas carreiras e seus estudos. A minha família ganhou muito com a adoção. Eles aprenderam a respeitar quem não tinha o mesmo DNA deles. Isso foi um processo. Quando eu cheguei na Comarca de Várzea Grande, em 1985, tínhamos a Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febemat), local onde os adolescentes infratores eram conduzidos, mas eu me recusava a mandar as crianças por pequenos problemas pra lá. Conseguíamos coloca-los em casas de famílias. Esse contato com a estrutura familiar é essencial. As crianças reagem bem a isso. Como foi bom poder ensinar ao meu filho o que era verdura e proteína, como foi bom ler os primeiros livros pra ele, aos 12 anos de idade. O acolhimento faz bem, é comprovado. Temos as vantagens de um acolhimento familiar. Hoje temos 485 crianças e adolescentes em Mato Grosso, que poderiam estar em uma Família Acolhedora. Um período em que os laços poderiam estar sendo construídos. Quando alguém o cobrisse de noite, ele poderia desenvolver o sentimento de amor e respeito ao próximo. Faço algumas sugestões como esta de desenvolvermos as Famílias Acolhedoras”, expôs a desembargadora que é grande defensora da causa.
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Os profissionais participantes como assistentes sociais, conselheiros tutelares, enfermeiras e secretários municipais, mandaram perguntas que foram respondidas pelo chat. A programação do mês de maio da Adoção do Poder Judiciário de Mato Grosso continua. No próximo dia 31 haverá a Audiência Pública – 2021- Busca Ativa - Estratégias para inserção familiar de crianças e adolescentes acolhidos. Clique aqui para mais informações.
Veja AQUI o vídeo desta matéria.
Leia mais sobre o tema e a programação:
Ranniery Queiroz
Assessor de imprensa CGJ/TJMT